quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Pronto, pronto...

Pronto, pronto, não queria ofender ninguém...

Mas obrigado João! Belo poema, mas como sabem todos os leitores deste blog, têm de ter cuidado com o João, porque cada poema e pensamento que ele publicar tem perigo de muuuuuita poeticidade!

Estou a ver se arranjo qualquer coisa para cá pôr, mas infelizmente eu estou a fazer isto na biblioteca escolar... e os chatos dos meus colegas não param de andar aqui à volta...

Mas garanto muita poeticidade (da minha parte, pelo menos) nos próximos tempos...

Vão ver muita mudança do "estilo de poema" que eu fazia para o que eu agora faço!

Estão já avisados dos títulos dos próximos poemas (como sabem, têm perigo de muita poeticidade): "A Mais Complexa Indecisão" e "Brilhar...".

Até à próxima mensagem, com os meus melhores cumprimentos poéticos,


Diogo C.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

ORA, ENTÃO, TOMA LÁ POESIA!

BRASIL É VINICIUS. LISBOA É ALENTEJO


Porque hoje não é sábado
E a semana ainda vem em contra-mão
Aleluia!

Porque hoje é quarta-feira
E o mês, o mais longo do bissexto
Aleluia!

Porque hoje não há debate
E as anginas tolheram a voz do orador
Aleluia!

Porque hoje não há aquecimento
E amanhã o dia do não retorno
Aleluia!

Porque hoje é uma grande seca
E ontem as pontes corriam debaixo dos rios
Aleluia!

Porque hoje vivemos na civilização
E amanhã em qualquer bóia de sinalização
Aleluia!

Porque hoje é dia em movimento acelerado
E ontem uma sesta de uma tarde de Verão
Aleluia!

Porque hoje ainda é qualquer coisa
E amanhã sabe-se lá o quê
Aleluia!

Porque o Brasil é dos poetas
E Lisboa do Alentejo
Aleluia!


(João Firmino, 27 de Fevereiro, 2008... Aleluia!)

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Mortais

A peça acaba
E os actores agradecem
O prédio desaba
Até as montanhas esmorecem

As luzes são apagadas
O livro é posto na prateleira
As obras são acabadas
Não duram uma semana inteira

A queda de um Império
A autoridade assassinada.
Outra morte levada a sério
Uma população vingada

Tal como no farol
Que sempre muda essa luz guia,
Também nasce o Sol
E não dura mais que um dia.

David C.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Tal Como Prometi, Aqui Estou a Colaborar

SIMPLESMENTE COSMOS


Da complexidade do Cosmos
Nascemos, tu e eu, flor de Lótus
E em simples poeira de existência
Transformamos a nossa essência

Caminhamos num vazio de tudo
Do nascimento até à morte
Mas colorimos as palavras de mudo
Quando inventamos um novo Pólo Norte

Da simples vida que se ergue
Em cada alma que a morte embebe
Um campo de flores ou uma lezíria
Haveremos de saborear, na fantasia

Da complexidade das nossas vidas
Nascem muitas centelhas divinas
Terminamos todos numa grande foz
Abraçados a tudo, simplesmente Cosmos


(João Firmino, 12 de Fevereiro de 2008)

domingo, 10 de fevereiro de 2008

"Amar"

Eu quero amar,
amar perdidamente!
Amar só por amar:
Aqui... além...
Mais Este e Aquele,
o Outro e toda a gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!

Recordar? Esquecer?
Indiferente!
Prender ou desprender?
É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...


Florbela Espanca

sábado, 9 de fevereiro de 2008

A Simplicidade II

A Casa da Simplicidade

Bem vindos à casa da simplicidade.
Se não fica numa vila,
fica numa cidade.
Fica numa rua, que fica numa freguesia,
se não é irmã da minha mãe,
é certamente minha tia.

Despertador a tocar.
Toca a levantar!
Pequeno-almoçar,
a cara lavar,
os dentes escovar,
ir trabalhar.

Quero ver essa caroca laroca!!!

Tenta sorrir,
não dês mau ambiente!
Ninguém gosta desse tipo de gente!

Abre a boca,

tens que almoçar!
Mas toca a despachar,
para ir trabalhar!

Vai um lanchezinho?

"Sim, quero vinho!"

Deixa-te disso!
Preferes paio ou chouriço?
Vamos a despachar,
toca a trabalhar!

Agora, com calma,
vamos jantar.
Como foi o teu dia?
Tudo a despachar?
Então deves estar cansado...

Vai-te deitar, que amanhã,
tudo vai recomeçar...

Diogo C.

A Simplicidade I

Nada por Tudo, Tudo por Nada. Enfim, Simplicidade!

Tenho um amigo

que não dá nada por tudo.
Gato por lebre,
cego por mudo.

Tenho um amigo
que dá tudo por nada.
Deixa a modelo,
namora a criada.

Tenho um amigo
que é simples como eu.
Dois mais dois são quatro,
o senhor está comigo
mas o verso não é seu.

Diogo C.