sexta-feira, 9 de maio de 2008

Aqui o chefinho tem uma coisinha a dizer!

O pequenininho do chefinho do bloguezinho que tem muito periguinho de poeticidadezinha tem a dizer as seguintes coisinhas (sim, estou a ser específico):

- Desculpa - um pedido de descupas a todos os leitores do blog pela falta de colaboração no blog por parte do chefinho

- Desculpa - eu sei perfeitamente do que é que o blog se trata, mas gostaria hoje de partilhar um pouco de magia (tanto que eu gosto de magia!) com todos os leitores do blog!

AQUI ESTÁ ELA (está em espanhol, mas percebe-se):






Espero que tenham gostado!


Diogo C.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

O SELO DA AMIZADE...



Caros Amigos,


Deixamos-lhes um desafio no nosso blogue OBSERVATÓRIO!


QUEREREIS CONTINUAR A CADEIA DA AMIZADE?



Um abraço da Isabel e do José António.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Chuva Poética

Parecia
Parece
Parecerá
Poesia
Que permanece,
Que ficará.
Alada
A imaginação.
É nada
Sem inspiração.

Tão boa que a chuva parecia
Sendo na realidade tão má.
Sendo na realidade Poesia
Que permanece, que ficará.

Diogo C.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

COMUNHÃO




COMUNHÃO



Aquele céu era avassalador
De profunda cor azul celeste
Distanciamento maior de amor
Com que o dia sempre se veste



Namorava às claras com o mar
Fintando a tempestade amortecida
As plúmbeas núvens em fusão de amar
Dando-se por inteiro à própria vida



Comungar o imenso espaço celestial
Esquecendo o espaço sideral perdido
Em fusão com a energia primordial
Farol iluminando algo já erodido



Ao comungar tão intensa energia
Dá-se por inteiro, alma e coração
Transforma em passe de pura magia
Coragem de ser coração e pura razão



Lisboa, 07/04/2008


Poema posto a concurso no blogue o Eremitão


José António




O Céu abriu-se, azul,
Após a Tempestade...
Como se também fosse um imenso mar...
Estendendo-se, ao infinito,
Canto, asa ou grito
Em busca da Verdade...



Frente ao meu olhar
Abriu-se a DISTÂNCIA,
Um risco, uma fragância...

Paisagem erodida
P'lo vento rugidor.
Avassalador,
Imagem
Agora amortecida
Pelo distanciamento das nuvens castelares
rolando com fragor
em simetria aos mares...



Céu e Mar...
Tu e eu...
Mar e Céu, revelando então
Sua fusão
Como a memória de um respiro
A comungar...



E, lá ao fundo,
Ergue-se um Farol,
Testemunho mudo
Deste nosso inteiro olhar...



Isabel


(dedicado ao José António).



Poema posto a concurso pelo blogue do Eremitão



Foto de Isabel

Ah...

Estou deveras espantado mas muito feliz com a reacção que houve entre aqui os poeticidas (posso chamar-vos assim?) para com a canção "Quantas Cores o Vento Tem". A Isabel deixou umas fotografias impressionantes que ilustram melhor que nada o poema, e o anfitrião do blog deixou palavras grandes que eu não julgava poderem sair de alguém pequenino como ele. Se toda a gente pensasse como vocês, a humanidade não teria problemas de todo!


Contudo, hoje surgiu-me à mente algo menos sério e significativo, inspirado por frases que o outro poeticida, o José Chorão, tem ganhado o costume de dizer, algumas delas neste poema.



Ah...
No tempo do D. Afonso,
Não havia tanto mariconço.
E no tempo da D. Maria,
Havia mais porcaria,
Porque nos preocupávamos mais com a poluição
No tempo do D. João.
No tempo do D. Filipe,
As pessoas não andavam de jipe,
Porque no tempo do Sebastião,
As pessoas tinham mão,
E até outras coisas mais,
Que faltou a esses anormais
Que contrataram Salazar
Para os Lusos governar.
Pois as vendas desceram a pique
Depois da morte do D. Henrique,
E no governo está um jumento,
Como no tempo do S. Bento.
E Deus sabe como eu quis
Ser do tempo da D. Beatriz,
Ou para começar do início,
Ir à Irlanda com S. Patrício.
Pois aqui só há atrocidade,
Digam lá se não é verdade;
No tempo da Marilu,
As pessoas não limpavam o ...!
Che!

--Dohvid

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Olá Isabel, ainda bem que já pudeste escrever para este blog.


Como sempre, fotos lindas, pelas quais agradeço e acho que todos os leitores do blog também!



Mas afinal, grande Natureza, ao fim de tanta coisa má que te fizémos e que vamos de certo continuar a fazer até que não aguentes mais, por favor perdoa-nos.


Olha, lembrei-me agora: nem a Natureza, por mais bondade que tivesse, poderia fazer tal coisa.


Digam-me apenas uma coisa: quão melhor estaria o mundo se nós não estivéssemos cá?


Ai, ai... tenho de parar de escrever se não fico sem ar!



Perdoa-nos Vento. Perdoa-nos por transformarmos todas as tuas cores em cinzento, em preto, em cinza...
Perdoa-nos por fazer-mos com que o Vento não seja mais a liberdade, não seja mais a frescura e os cabelos loiros de uma menina a voar ao som do teu silêncio. Perdoa-nos por seres agora apenas o ar em movimento.


Perdoa-nos por não sabermos viver contigo, que mal não nos fazes nenhum, pelo menos em comparação com o mal que nós te fazemos.


Talvez algum dia consigas perdoar, tal como eu talvez me consiga perdoar e à Humanidade por não sabermos viver, por não sabermos dar o valor à vida que a Natureza nos deu, dizendo que fomos nós que sempre fizémos as coisas acontecer, porque somos superiores.

Mas tal como o Vento já não é todas as coisas lindas como costumava ser e é agora apenas o ar em movimento, também nós deixámos de ser seres que pensam e com sentimentos, que ficam tristes, alegres, apaixonados, para sermos agora apenas formados por biliões de células, que por sua vez são formadas pela membrana celular, pelo citoplasma e pelo núcleo.

Afinal, quantas cores tem o Vento?...

Diogo C.

Em resposta a Quantas Cores o Vento Tem...




Há já alguns dias, o Dohvid deixou aqui um texto de grande beleza e que traduz uma grande verdade (quanto a mim) e que tem que ver com a necessidade de RE-SACRALIZAR e forma como apercebemos, tratamos e interagimos com a NATUREZA, essa Mãe que tudo nos dá e relativamente a quem nem sempre temos uma percepção justa, amiga e grata.




O Dohvid socorreu-se então de uma canção muito bela que faz parte da banda de música de um filme infantil. E muito bem. É que frequentemente, nos filmes para crianças ou nas histórias de fadas, gnomos e outros seres da natureza, escondem-se verdades eternas e que nos deveriam fazer pensar e ajudar a SENTIR.




Obrigada, Dohvid! Deixo algumas fotos da esplendorosa NATUREZA.




Isabel

sexta-feira, 14 de março de 2008

Quantas Cores o Vento Tem

Fiquei deveras impressionado e entusiasmado por descobrir que posso pôr, e cito, "qualquer coisa" neste blog. O Presidente do P.P. (Perigo de Poeticidade) obviamente não me conhece bem, senão teria sido mais - mas muito mais! - cuidadoso com a escolha de palavras, e também não me parece que já tenha lido o nome do próprio blog, que não me parece que se chame "Perigo do Que Raio Que Vos Passar Pela Cabeça Para Meter Aqui".

Mesmo assim, vou pôr algo que adoro. A letra de uma canção da Disney, do filme "Pocahontas", cantada pela índia, que julgo que foi escrita por Alan Menken. Esta letra ilustra o que os pagãos actuais pensam do mundo em que vivem, e o que diriam aos exploradores humanos que só pensam em dominar e por conseguinte destruir toda esta bela terra em que vivemos. Há muito que concordo com os pagãos (que é um pouco como dizer "ecologistas") em várias coisas, e parece que todas elas estão inseridas nesta canção. E aquela emoção que senti quando ouvi esta música pela primeira vez, à noite, com o seu excelente ritmo, melodia e letra, e saber que tais mensagens estavam a tentar ser passadas ao público infantil, que é, como dizem, o nosso futuro... gostaria de experimentar essa emoção todos os dias.


Tu achas que sou uma selvagem
E conheces o mundo
Mas eu não posso crer
Não posso acreditar
Que selvagem possa ser
Se tu é que não vês em teu redor
Teu redor...

Tu pensas que esta terra te pertence
Que o mundo é um ser morto, mas vais ver
Que cada pedra, planta ou criatura
Está viva e tem alma é um ser

Tu dás valor apenas às pessoas
Que acham como tu sem se opor
Mas segue as pegadas de um estranho
E terás mil surpresas de esplendor

Já ouviste um lobo uivando no luar azul
Ou porque ri um lince com desdém
Sabes vir cantar com as cores da montanha
E pintar com quantas cores o vento tem
E pintar com quantas cores o vento tem

Vem descobrir os trilhos da floresta
Provar a doce amora e o seu sabor
Rolar no meio de tanta riqueza
E não querer indagar o seu valor

Sou a irmã do rio e do vento
A garça e a lontra são iguais a mim
Vivemos tão ligados uns aos outros
Neste arco, neste círculo sem fim

Que altura a árvore tem
Se a derrubares não sabe ninguém
Nunca ouvirás o lobo sob a lua azul
O que é que importa a cor da pele de alguém
Temos que cantar com as vozes da montanha
E pintar com quantas cores o vento tem...
Mas tu só vais conseguir
Esta terra possuir
Se a pintares com
Quantas cores o vento tem...

E aqui está o vídeo onde a podem ouvir, o que aconselho: http://www.youtube.com/watch?v=-b-jpH2t5Lc
E já agora a versão original em inglês, que não lhe fica atrás (só um bocadinho): http://www.youtube.com/watch?v=TkV-of_eN2w

quarta-feira, 12 de março de 2008

Sentido da Vida

É giro que, muitas vezes, nos sentimos tão espirituais que nos parece ver (ou avistar ao longe) o Sentido da Vida.

Mas o ingrato foge assim que se deixa ver por um bocadinho que seja.

Às vezes estamos mesmo lá perto, mas...

Mas, quanto a mim, acho que, sendo o Sentido a Vida a coisa mais complexa do mundo, deve estar reduzido a simplicidade. Aliás, à MAIOR simplicidade do mundo!

Está bem, agora não tenho muito tempo, nem estou poético o suficiente para me fazer perceber.

Portanto, para a próxima, falo melhor do assunto. Para quem quiser, pense bem no assunto, porque só assim poderá compreender o que eu digo.

Mas, nestes dias, quem é que tem tempo? Só mesmo se for... "à luz da manhã"...


Diogo C.

terça-feira, 11 de março de 2008

PEIXELIM, PEIXOTE, PEIXÃO, PERDÃO QUE É PEIXOTA


Transporto asas de desejo na imaginação, por isso voo
Vivo a fantasia de morar num sonho, então acordo
Mas quando o Sol se esconde, ato, desfaço, vivo e morro
Tipo, peixelim, peixote, peixão e peixota
Ao sabor de um vento que sai pela porta

Transporto palavras, sabores e cores, num delírio de navegação
Entre a terra e o mar, na carreira da neblina
Não me façam taxar a pacotilha
Que nenhuma medida serviria com exactidão
Andarilho andante, adormeço numa escotilha

Fretado de utopias e canções de esperança
Tela branca de um filme para criança
Lanço ao mar quimeras para toda a vida
Mais o direito à conquista
E recolho numa gota que ainda sobra, o sonho de ser feliz.

Obviamente, que sonhos e peixes não se medem aos palmos
Nesta história que vos contei
Flutuam, voam, gaseificam e aromatizam em saldos
Peixelim, peixote, peixão, perdão que é peixota
Ou isto ainda vai acabar um dia tudo na lota

E os sonhos não voltam atrás.


(João Firmino)

domingo, 9 de março de 2008

Só eu... e o mundo

Alguém, com tanta simplicidade,
Provoca em mim um sono profundo.
Leva-me para o campo, bem longe da cidade
E com a voz de uma fada,
Diz-me que não há mais nada:
Só eu... e o mundo.



Se era mesmo pessoa, não sei.
Digo-vos só que parecia,
Alguém que me encantava,
À medida que falava:
A pura voz da poesia.



Não sei se chegou mesmo a falar,
Mas pareceu-me, que a cada segundo,
Me dizia que nada me iria perturbar,
Porque só existia eu... e o mundo.
Só havia eu... e o mundo.
Só ficava eu... e o mundo.
Só estava eu... e o mundo.



Só cantava eu...
E ela! A poesia!
Que nesse momento era a terra e o céu,
Que nesse momento era o mundo.



Pelo menos era isso que ela repetia,
Incansavelmente, a cada segundo.
Não sei se era verdade, mas parecia,
Que era só eu... e o mundo!





Diogo C.

quinta-feira, 6 de março de 2008

A Mais Complexa Indecisão

Por todo o mundo quero viajar
Mas também queria ficar parado.
Dizem que é preciso coração para amar
Mas também é preciso para ser amado.

Se tu não vais, eu não vou.
Se a mim não me amas, eu não te amo a ti.
Porque hei-de dar ali quem eu não sou
Se ainda não dei nada de mim aqui?

Por amor? Por solidadariedade?
Ou será simplemente porque sim?
Não sei se é mesmo tão complexa a amizade,
Porque talvez nunca darei nada de mim.

Ou será que não percebo o que estou a falar
E que canto a dor sem ser fadista?
Talvez seja só o meu cérebro a vomitar
As minhas perguntas, numa infinita lista!

Talvez ao fim de tanta coisa dizer
E de tanto reflectir sobre mim,
A conclusão seja que vá morrer.
Porque todos acabamos assim.

Vivo cada dia como um dia,
Deste modo ou então daquele.
Podemos escolher qualquer via,
Mas viveremos sempre nele.

Talvez seja mais fácil a fantasia
E os contos de "Era uma vez...".
Porque no fim, este poema é uma antologia
De perguntas que acabam em "talvez"!

Por isso canto o que penso sobre mim
Até me fartar de cantar.
Quem sabe se não é mesmo assim
A maneira de um poeta chorar!

Mas para quem pensa que é insignificante
Só porque é um em muitos neste mundo,
Então agora veja a que ponto é interessante
A forma como expressamos um sentimento profundo.

Talvez seja mais fácil rir
E contar apenas até três.
Caso contrário, peço desculpa se me sair
No futuro, mais algum "talvez"!...


Diogo C.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Eu Sou Mas Não Sou

Eu vou mas não iria
Ou iria mas não vou.
Se eu fosse um pássaro seria
Ou não seria o que não sou.

Porque talvez seja isso que eu sou!
Um espírito livre que vive a cantar
E que vai até onde eu não vou
Ou iria se estivesse a sonhar.

E é isso mesmo que eu sou:
A minha alma, que é um sonho a sonhar.
E se algum dia for onde eu não vou
É porque já tenho asas para voar!


Diogo C.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Pronto, pronto...

Pronto, pronto, não queria ofender ninguém...

Mas obrigado João! Belo poema, mas como sabem todos os leitores deste blog, têm de ter cuidado com o João, porque cada poema e pensamento que ele publicar tem perigo de muuuuuita poeticidade!

Estou a ver se arranjo qualquer coisa para cá pôr, mas infelizmente eu estou a fazer isto na biblioteca escolar... e os chatos dos meus colegas não param de andar aqui à volta...

Mas garanto muita poeticidade (da minha parte, pelo menos) nos próximos tempos...

Vão ver muita mudança do "estilo de poema" que eu fazia para o que eu agora faço!

Estão já avisados dos títulos dos próximos poemas (como sabem, têm perigo de muita poeticidade): "A Mais Complexa Indecisão" e "Brilhar...".

Até à próxima mensagem, com os meus melhores cumprimentos poéticos,


Diogo C.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

ORA, ENTÃO, TOMA LÁ POESIA!

BRASIL É VINICIUS. LISBOA É ALENTEJO


Porque hoje não é sábado
E a semana ainda vem em contra-mão
Aleluia!

Porque hoje é quarta-feira
E o mês, o mais longo do bissexto
Aleluia!

Porque hoje não há debate
E as anginas tolheram a voz do orador
Aleluia!

Porque hoje não há aquecimento
E amanhã o dia do não retorno
Aleluia!

Porque hoje é uma grande seca
E ontem as pontes corriam debaixo dos rios
Aleluia!

Porque hoje vivemos na civilização
E amanhã em qualquer bóia de sinalização
Aleluia!

Porque hoje é dia em movimento acelerado
E ontem uma sesta de uma tarde de Verão
Aleluia!

Porque hoje ainda é qualquer coisa
E amanhã sabe-se lá o quê
Aleluia!

Porque o Brasil é dos poetas
E Lisboa do Alentejo
Aleluia!


(João Firmino, 27 de Fevereiro, 2008... Aleluia!)

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Mortais

A peça acaba
E os actores agradecem
O prédio desaba
Até as montanhas esmorecem

As luzes são apagadas
O livro é posto na prateleira
As obras são acabadas
Não duram uma semana inteira

A queda de um Império
A autoridade assassinada.
Outra morte levada a sério
Uma população vingada

Tal como no farol
Que sempre muda essa luz guia,
Também nasce o Sol
E não dura mais que um dia.

David C.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Tal Como Prometi, Aqui Estou a Colaborar

SIMPLESMENTE COSMOS


Da complexidade do Cosmos
Nascemos, tu e eu, flor de Lótus
E em simples poeira de existência
Transformamos a nossa essência

Caminhamos num vazio de tudo
Do nascimento até à morte
Mas colorimos as palavras de mudo
Quando inventamos um novo Pólo Norte

Da simples vida que se ergue
Em cada alma que a morte embebe
Um campo de flores ou uma lezíria
Haveremos de saborear, na fantasia

Da complexidade das nossas vidas
Nascem muitas centelhas divinas
Terminamos todos numa grande foz
Abraçados a tudo, simplesmente Cosmos


(João Firmino, 12 de Fevereiro de 2008)

domingo, 10 de fevereiro de 2008

"Amar"

Eu quero amar,
amar perdidamente!
Amar só por amar:
Aqui... além...
Mais Este e Aquele,
o Outro e toda a gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!

Recordar? Esquecer?
Indiferente!
Prender ou desprender?
É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...


Florbela Espanca

sábado, 9 de fevereiro de 2008

A Simplicidade II

A Casa da Simplicidade

Bem vindos à casa da simplicidade.
Se não fica numa vila,
fica numa cidade.
Fica numa rua, que fica numa freguesia,
se não é irmã da minha mãe,
é certamente minha tia.

Despertador a tocar.
Toca a levantar!
Pequeno-almoçar,
a cara lavar,
os dentes escovar,
ir trabalhar.

Quero ver essa caroca laroca!!!

Tenta sorrir,
não dês mau ambiente!
Ninguém gosta desse tipo de gente!

Abre a boca,

tens que almoçar!
Mas toca a despachar,
para ir trabalhar!

Vai um lanchezinho?

"Sim, quero vinho!"

Deixa-te disso!
Preferes paio ou chouriço?
Vamos a despachar,
toca a trabalhar!

Agora, com calma,
vamos jantar.
Como foi o teu dia?
Tudo a despachar?
Então deves estar cansado...

Vai-te deitar, que amanhã,
tudo vai recomeçar...

Diogo C.

A Simplicidade I

Nada por Tudo, Tudo por Nada. Enfim, Simplicidade!

Tenho um amigo

que não dá nada por tudo.
Gato por lebre,
cego por mudo.

Tenho um amigo
que dá tudo por nada.
Deixa a modelo,
namora a criada.

Tenho um amigo
que é simples como eu.
Dois mais dois são quatro,
o senhor está comigo
mas o verso não é seu.

Diogo C.