quarta-feira, 23 de abril de 2008
segunda-feira, 21 de abril de 2008
Chuva Poética
Parecia
Parece
Parecerá
Poesia
Que permanece,
Que ficará.
Alada
A imaginação.
É nada
Sem inspiração.
Tão boa que a chuva parecia
Sendo na realidade tão má.
Sendo na realidade Poesia
Que permanece, que ficará.
Diogo C.
Parece
Parecerá
Poesia
Que permanece,
Que ficará.
Alada
A imaginação.
É nada
Sem inspiração.
Tão boa que a chuva parecia
Sendo na realidade tão má.
Sendo na realidade Poesia
Que permanece, que ficará.
Diogo C.
quarta-feira, 9 de abril de 2008
COMUNHÃO
COMUNHÃO
Aquele céu era avassalador
De profunda cor azul celeste
Distanciamento maior de amor
Com que o dia sempre se veste
De profunda cor azul celeste
Distanciamento maior de amor
Com que o dia sempre se veste
Namorava às claras com o mar
Fintando a tempestade amortecida
As plúmbeas núvens em fusão de amar
Dando-se por inteiro à própria vida
Comungar o imenso espaço celestial
Esquecendo o espaço sideral perdido
Em fusão com a energia primordial
Farol iluminando algo já erodido
Ao comungar tão intensa energia
Dá-se por inteiro, alma e coração
Transforma em passe de pura magia
Coragem de ser coração e pura razão
Lisboa, 07/04/2008
Poema posto a concurso no blogue o Eremitão
José António
O Céu abriu-se, azul,
Após a Tempestade...
Como se também fosse um imenso mar...
Estendendo-se, ao infinito,
Canto, asa ou grito
Em busca da Verdade...
Frente ao meu olhar
Abriu-se a DISTÂNCIA,
Um risco, uma fragância...
Paisagem erodida
P'lo vento rugidor.
Avassalador,
Imagem
Agora amortecida
Pelo distanciamento das nuvens castelares
rolando com fragor
em simetria aos mares...
P'lo vento rugidor.
Avassalador,
Imagem
Agora amortecida
Pelo distanciamento das nuvens castelares
rolando com fragor
em simetria aos mares...
Céu e Mar...
Tu e eu...
Mar e Céu, revelando então
Sua fusão
Como a memória de um respiro
A comungar...
E, lá ao fundo,
Ergue-se um Farol,
Testemunho mudo
Deste nosso inteiro olhar...
Isabel
(dedicado ao José António).
Poema posto a concurso pelo blogue do Eremitão
Foto de Isabel
Ah...
Estou deveras espantado mas muito feliz com a reacção que houve entre aqui os poeticidas (posso chamar-vos assim?) para com a canção "Quantas Cores o Vento Tem". A Isabel deixou umas fotografias impressionantes que ilustram melhor que nada o poema, e o anfitrião do blog deixou palavras grandes que eu não julgava poderem sair de alguém pequenino como ele. Se toda a gente pensasse como vocês, a humanidade não teria problemas de todo!
Contudo, hoje surgiu-me à mente algo menos sério e significativo, inspirado por frases que o outro poeticida, o José Chorão, tem ganhado o costume de dizer, algumas delas neste poema.
Ah...
No tempo do D. Afonso,
Não havia tanto mariconço.
E no tempo da D. Maria,
Havia mais porcaria,
Porque nos preocupávamos mais com a poluição
No tempo do D. João.
No tempo do D. Filipe,
As pessoas não andavam de jipe,
Porque no tempo do Sebastião,
As pessoas tinham mão,
E até outras coisas mais,
Que faltou a esses anormais
Que contrataram Salazar
Para os Lusos governar.
Pois as vendas desceram a pique
Depois da morte do D. Henrique,
E no governo está um jumento,
Como no tempo do S. Bento.
E Deus sabe como eu quis
Ser do tempo da D. Beatriz,
Ou para começar do início,
Ir à Irlanda com S. Patrício.
Pois aqui só há atrocidade,
Digam lá se não é verdade;
No tempo da Marilu,
As pessoas não limpavam o ...!
Che!
--Dohvid
Contudo, hoje surgiu-me à mente algo menos sério e significativo, inspirado por frases que o outro poeticida, o José Chorão, tem ganhado o costume de dizer, algumas delas neste poema.
Ah...
No tempo do D. Afonso,
Não havia tanto mariconço.
E no tempo da D. Maria,
Havia mais porcaria,
Porque nos preocupávamos mais com a poluição
No tempo do D. João.
No tempo do D. Filipe,
As pessoas não andavam de jipe,
Porque no tempo do Sebastião,
As pessoas tinham mão,
E até outras coisas mais,
Que faltou a esses anormais
Que contrataram Salazar
Para os Lusos governar.
Pois as vendas desceram a pique
Depois da morte do D. Henrique,
E no governo está um jumento,
Como no tempo do S. Bento.
E Deus sabe como eu quis
Ser do tempo da D. Beatriz,
Ou para começar do início,
Ir à Irlanda com S. Patrício.
Pois aqui só há atrocidade,
Digam lá se não é verdade;
No tempo da Marilu,
As pessoas não limpavam o ...!
Che!
--Dohvid
segunda-feira, 7 de abril de 2008
Olá Isabel, ainda bem que já pudeste escrever para este blog.
Como sempre, fotos lindas, pelas quais agradeço e acho que todos os leitores do blog também!
Mas afinal, grande Natureza, ao fim de tanta coisa má que te fizémos e que vamos de certo continuar a fazer até que não aguentes mais, por favor perdoa-nos.
Olha, lembrei-me agora: nem a Natureza, por mais bondade que tivesse, poderia fazer tal coisa.
Digam-me apenas uma coisa: quão melhor estaria o mundo se nós não estivéssemos cá?
Ai, ai... tenho de parar de escrever se não fico sem ar!
Perdoa-nos Vento. Perdoa-nos por transformarmos todas as tuas cores em cinzento, em preto, em cinza...
Perdoa-nos por fazer-mos com que o Vento não seja mais a liberdade, não seja mais a frescura e os cabelos loiros de uma menina a voar ao som do teu silêncio. Perdoa-nos por seres agora apenas o ar em movimento.
Perdoa-nos por não sabermos viver contigo, que mal não nos fazes nenhum, pelo menos em comparação com o mal que nós te fazemos.
Talvez algum dia consigas perdoar, tal como eu talvez me consiga perdoar e à Humanidade por não sabermos viver, por não sabermos dar o valor à vida que a Natureza nos deu, dizendo que fomos nós que sempre fizémos as coisas acontecer, porque somos superiores.
Mas tal como o Vento já não é todas as coisas lindas como costumava ser e é agora apenas o ar em movimento, também nós deixámos de ser seres que pensam e com sentimentos, que ficam tristes, alegres, apaixonados, para sermos agora apenas formados por biliões de células, que por sua vez são formadas pela membrana celular, pelo citoplasma e pelo núcleo.
Afinal, quantas cores tem o Vento?...
Diogo C.
Como sempre, fotos lindas, pelas quais agradeço e acho que todos os leitores do blog também!
Mas afinal, grande Natureza, ao fim de tanta coisa má que te fizémos e que vamos de certo continuar a fazer até que não aguentes mais, por favor perdoa-nos.
Olha, lembrei-me agora: nem a Natureza, por mais bondade que tivesse, poderia fazer tal coisa.
Digam-me apenas uma coisa: quão melhor estaria o mundo se nós não estivéssemos cá?
Ai, ai... tenho de parar de escrever se não fico sem ar!
Perdoa-nos Vento. Perdoa-nos por transformarmos todas as tuas cores em cinzento, em preto, em cinza...
Perdoa-nos por fazer-mos com que o Vento não seja mais a liberdade, não seja mais a frescura e os cabelos loiros de uma menina a voar ao som do teu silêncio. Perdoa-nos por seres agora apenas o ar em movimento.
Perdoa-nos por não sabermos viver contigo, que mal não nos fazes nenhum, pelo menos em comparação com o mal que nós te fazemos.
Talvez algum dia consigas perdoar, tal como eu talvez me consiga perdoar e à Humanidade por não sabermos viver, por não sabermos dar o valor à vida que a Natureza nos deu, dizendo que fomos nós que sempre fizémos as coisas acontecer, porque somos superiores.
Mas tal como o Vento já não é todas as coisas lindas como costumava ser e é agora apenas o ar em movimento, também nós deixámos de ser seres que pensam e com sentimentos, que ficam tristes, alegres, apaixonados, para sermos agora apenas formados por biliões de células, que por sua vez são formadas pela membrana celular, pelo citoplasma e pelo núcleo.
Afinal, quantas cores tem o Vento?...
Diogo C.
Em resposta a Quantas Cores o Vento Tem...
Há já alguns dias, o Dohvid deixou aqui um texto de grande beleza e que traduz uma grande verdade (quanto a mim) e que tem que ver com a necessidade de RE-SACRALIZAR e forma como apercebemos, tratamos e interagimos com a NATUREZA, essa Mãe que tudo nos dá e relativamente a quem nem sempre temos uma percepção justa, amiga e grata.
O Dohvid socorreu-se então de uma canção muito bela que faz parte da banda de música de um filme infantil. E muito bem. É que frequentemente, nos filmes para crianças ou nas histórias de fadas, gnomos e outros seres da natureza, escondem-se verdades eternas e que nos deveriam fazer pensar e ajudar a SENTIR.
Obrigada, Dohvid! Deixo algumas fotos da esplendorosa NATUREZA.
Isabel
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