quarta-feira, 9 de abril de 2008

COMUNHÃO




COMUNHÃO



Aquele céu era avassalador
De profunda cor azul celeste
Distanciamento maior de amor
Com que o dia sempre se veste



Namorava às claras com o mar
Fintando a tempestade amortecida
As plúmbeas núvens em fusão de amar
Dando-se por inteiro à própria vida



Comungar o imenso espaço celestial
Esquecendo o espaço sideral perdido
Em fusão com a energia primordial
Farol iluminando algo já erodido



Ao comungar tão intensa energia
Dá-se por inteiro, alma e coração
Transforma em passe de pura magia
Coragem de ser coração e pura razão



Lisboa, 07/04/2008


Poema posto a concurso no blogue o Eremitão


José António




O Céu abriu-se, azul,
Após a Tempestade...
Como se também fosse um imenso mar...
Estendendo-se, ao infinito,
Canto, asa ou grito
Em busca da Verdade...



Frente ao meu olhar
Abriu-se a DISTÂNCIA,
Um risco, uma fragância...

Paisagem erodida
P'lo vento rugidor.
Avassalador,
Imagem
Agora amortecida
Pelo distanciamento das nuvens castelares
rolando com fragor
em simetria aos mares...



Céu e Mar...
Tu e eu...
Mar e Céu, revelando então
Sua fusão
Como a memória de um respiro
A comungar...



E, lá ao fundo,
Ergue-se um Farol,
Testemunho mudo
Deste nosso inteiro olhar...



Isabel


(dedicado ao José António).



Poema posto a concurso pelo blogue do Eremitão



Foto de Isabel

1 comentário:

Jay Dee disse...

Para além de excelente escritora é uma excelente fotógrafa. Parabéns